Tendências que vão guiar a educação corporativa
Relatório Tendências 2026, da Newnew, aponta que a aprendizagem corporativa entra em uma fase estratégica marcada por IA
A Newnew divulgou o relatório Tendências 2026, que reúne análises sobre os fatores que devem influenciar a educação corporativa no próximo ano. O documento aponta que o ritmo do trabalho avançou mais rapidamente do que a capacidade das pessoas de aprender, ao mesmo tempo em que a inteligência artificial se consolida como infraestrutura e a disputa por talentos migra da contratação para o desenvolvimento interno.
Segundo o relatório, o reskilling passa a ser uma responsabilidade compartilhada entre empresas e colaboradores. No levantamento, 60% dos empregadores consideram o gap de habilidades a principal barreira para transformar negócios. O estudo indica ainda que 39% das competências essenciais devem mudar até 2030, sendo 2026 marcado como um ponto de virada desse processo.
Hiper-digitalização, escassez de talentos e crise de atenção moldam o cenário
O documento destaca que o aumento do volume de informações e a hiper-digitalização tornam mais difícil manter foco e priorizar o aprendizado. A escassez global de talentos reforça que o desafio não está apenas na formação, mas na aplicabilidade das competências.
O ambiente de negócios segue volátil, complexo e acelerado, enquanto a crise de atenção já afeta diretamente a capacidade de aprender. A inteligência artificial avança, mas ainda é usada de forma limitada como recurso de apoio ao desenvolvimento profissional.
Pressões socioambientais ampliam o escopo de habilidades exigidas, especialmente com a expansão da economia verde. Paralelamente, a crescente sensação de isolamento afeta colaboração e pertencimento — elementos essenciais para qualquer estratégia de aprendizagem.
As 15 tendências que devem orientar o desenvolvimento profissional
O relatório apresenta 15 movimentos centrais que devem influenciar empresas em 2026:
Era da Intencionalidade — aprendizagem guiada por foco, evitando dispersão.
Polimatia e Generalismo Criativo — combinação de repertórios amplos e atuação transversal.
EcoLearning e ESG Skills — competências voltadas à transição verde e impacto socioambiental.
Territórios de Competência — desenvolvimento orientado a desafios reais do negócio.
Cultura de A&D — aprendizagem contínua incorporada ao cotidiano e aos valores da organização.
Curadoria Premium — priorização de conteúdos relevantes, em vez de volume.
Mensuração de Impacto 3.0 — avaliação baseada em evolução concreta.
IA Estratégica na Aprendizagem — diagnóstico, personalização e suporte por inteligência artificial.
Simulações e Gêmeos Digitais — ambientes virtuais para experimentação com segurança.
Aprendizagem Preditiva — antecipação de lacunas e necessidades futuras.
Aprendizagem no Fluxo de Trabalho — integração do aprendizado à rotina.
Experiências Transformacionais — formatos que unem emoção, prática e contexto.
Comunidades de Aprendizagem — grupos que sustentam evolução coletiva.
Nudges de Aprendizagem — estímulos discretos que fortalecem hábitos.
Learning Experience Orchestration (LEO) — gestão integrada de formatos e tecnologias em ecossistemas contínuos.
De treinamentos pontuais a ecossistemas contínuos
O relatório aponta que essas tendências consolidam a transição dos modelos tradicionais de treinamento para ecossistemas híbridos, personalizados e orientados por dados, nos quais a aprendizagem se torna um elemento estratégico para inovação, produtividade e evolução das equipes.
Para Mariana Achutti, CEO da Newnew, o aprendizado passa a ocupar posição central nas organizações. “A educação corporativa deixa de ser um apoio e passa a ser motor da adaptação a novos modelos de trabalho, da integração de tecnologias e da construção de ambientes mais conectados e colaborativos”, afirma.
